16/01/07

Um pouco de Poesia

A Vilarinho da Furna

Lá no Norte
Da boa sorte
Há frio
Há neve
Há gelo
Pedras que falam
Contam histórias
Das suas glórias
E ficam quietas
Ao abrigo das setas
Num repouso profundo
E não vêm o mundo
Cheio de gelo
Cheio de neve
Cheio de frio
Tiveram má sorte
Nasceram no Norte!

Ana Raposo
08/11/1997


Foto de Gaspar de Jesus

De novo a Costa

As minhas felicitações pela sessão anunciada sobre a erosão na Costa da Caparica.Como (in)voluntariamente também fui arrastado pelas marés vivas para o litoral, teria muito gosto em participar, não fossem as minhas ocupações profissionais na data prevista.De qualquer forma, fico a aguardar as conclusões, esperando que não nos venham com mais do mesmo: mais paredões e mais areia, para mandar a água para o charco do vizinho... Naturalmente, com mais custos para todos e proveitos para poucos!
Manuel Antunes

----- Original Message -----

Da AMBIO:
"Numa ocasião em que a erosão costeira está na ordem do dia, e na sequência dos últimos acontecimentos ocorridos na Costa da Caparica, o GEOTA organiza uma sessão com o objectivo de debater esta problemática, tendo como pano de fundo o ordenamento do território, no dia 26 de Janeiro, pelas 14:30 no INATEL -Caparica. Neste âmbito, vimos convidar V. Ex.ª a estar presente nesta sessão, contribuindo para o enriquecimento do debate.Agradecemos a confirmação até ao dia 24 de Janeiro.
Atenciosamente,
Lurdes Soares(Coordenadora Nacional Coastwatch)"

14/01/07

O Garrano

Rui Ferreira, no seu blog “O Cavalo” ( http://o-cavalo.blogspot.com/), apresenta várias raças de cavalos. Apenas queria acrescentar aqui mais uma, que passa muitas vezes despercebida, apesar de ser referenciada desde a mais alta antiguidade. Trata-se do garrano, um cavalo que tem, muito provavelmente, os seus antepassados nos que estão representados nas cavernas de Lascaux , Altamira e nas gravuras de Foz Côa.
Cornélio Tácito faz-lhe várias referências no seu Germania (http://www.ricardocosta.com/textos/germania.htm), do ano 98 da nossa era, dizendo explicitamente que “os cavalos [dos germanos] não primam pela elegância do porte nem pela agilidade e nem tampouco são treinados na variação dos movimentos (ou manobras) como é usual entre nós [romanos]. Adestram-nos a avançar em frente ou a voltar à direita, em linha tão compacta que nenhum pode ficar para trás”.
Foi esse tipo de cavalo que os nossos antepassados Búrios, um grupo dos Suevos, também descritos por Tácito, trouxeram consigo, no século V, quando se vieram estabelecer no norte de Portugal, nas actuais Terras de Bouro.
E os descendentes desses cavalos por lá continuam, depois de terem participado nas lutas pela fundação de Portugal, calcorreado os caminhos de Santiago, embarcado nas naus das descobertas…, servindo, sempre com docilidade, tantos a lavradores, nobres, soldados, padres ou generais.

Garranos em Festa - MA

Como se pode ler em http://www.equisport.pt/gca/index.php?id=86
“A palavra garrano deriva da raiz indo-europeia "gher", que significa "baixo, pequeno" e que originou a palavra "guerran", a palavra Galesa que significa cavalo. Na Inglaterra usa-se a palavra pónei; na Irlanda "gearron"; na Escócia "garron" e em Portugal ‘garrano’. Ao contrário do Lusitano, esta raça não foi seleccionada pelo homem - foi moldada pelo meio ambiente ao longo dos séculos. Os garranos ainda são caçados pelos lobos que vivem a sua vida selvagem na zona montanhosa que vai do noroeste de Portugal até à fronteira com Espanha”.

Garranos na Serra do Gerês - MA

http://vento_norte.blogs.sapo.pt/