20/02/07

Portagens no PNG

Segundo notícias recentes, "o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) vai passar a cobrar 1,50 euros aos turistas que, no período de Verão, pretendam circular de automóvel na Mata da Albergaria, num percurso de cerca de dez quilómetros, pela EN 308-1. A medida já está a ser contestada pelas populações que temem os efeitos na afluência de turistas. A estrada em causa liga Portela do Homem (freguesia de Campo do Gerês) - junto à fronteira com a Galiza -, a Leonte, na localidade Vilar da Veiga, concelho de Terras de Bouro, cruzando a Mata da Albergaria, que se constitui como uma floresta bastante densa e considerada representativa da floresta primitiva. Actualmente, a circulação é já bastante condicionada, sendo mesmo proibida a paragem dos automóveis. (...) Os autarcas do PNPG ameaçam agora "endurecer a luta" caso a direcção daquela área protegida mantenha algumas das actuais restrições no novo plano de ordenamento, cujo processo de revisão deverá ficar concluído até final do ano. A possibilidade de poder instalar aproveitamentos eólicos continua a ser o grande objectivo das 22 juntas de freguesia abrangidas pelo parque, devido às grandes receitas que poderão gerar". http://dn.sapo.pt/2007/02/13/sociedade/geres_portagens_a_partir_junho.html
Espero que os responsáveis pelo PNPG tenham o bom senso de não "comprar mais uma guerra", tão desnecessária quanto inútil. De facto, quando, nos idos de 1990, pairou sobre o PNPG a ameaça da desclassificação, a AFURNA - Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna (http://afurna.no.sapo.pt/), foi a primeira entidade a propor, em comunicado, o estabelecimento de portagens pagas, na Mata da Albergaria, com o objectivo, além do mais, de diminuir o tráfego automóvel, durante os meses de Verão. Mas aconteceu que o respectivo pagamento apenas serviu para encher os cofres do PNPG, sem que dele fossem sequer prestadas contas às autarquias envolvidas e aos proprietários dos terrenos em causa, AFURNA incluída. O que levou a que, em 1992, devido à forte contestação pública, fosse decidido que as portagens se deviam manter, para um efectivo controlo, mas sem qualquer pagamento.

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